18 de setembro de 2015
Postado por: admin
Diante dos aumentos de tributos e corte de gastos anunciados na segunda-feira pelo Governo Federal, incluindo a tentativa de ressuscitar a CPMF a FACISC declara que é contra a qualquer tipo de medida que venha para onerar ainda mais a classe empresarial e a sociedade.
Estas medidas são mais uma prova dos resultados da má gestão do dinheiro público e uma conta pesada que virá para os empresários e a sociedade pagarem. Por isso, acreditamos que aumentar a arrecadação não resolverá a situação em que o País se encontra, pois o crescimento não retornará aumentando a carga tributária. Há muita coisa para ser feita, como uma reorganização da máquina pública e um plano de desenvolvimento de longo prazo para a retomada do crescimento.
Com a volta da CPMF o governo estima que aumente em 32 Bilhões de reais de receitas, isso representa aumentar praticamente 0,35% do PIB em carga tributária. Já temos uma carga tributária de 36,5% do PIB e o retorno da CPMF aumentaria mais em 0,35% esse percentual, o que na prática irá onerar ainda mais tanto a classe empresarial como a trabalhadora.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostram que só entre janeiro e julho de 2015 o saldo de vagas fechou negativo em – 494. 386 no Brasil. Para o mesmo período, pela primeira vez no ano em Santa Catarina esse número também foi negativo (-1.533). Entre o setor que fechou com o saldo mais deteriorado tanto no Brasil como no estado de Santa Catarina foi o Comércio (-214.145 e -11.016 respectivamente).
O momento é preocupante e de ação direta e estratégica. Os empresários estão sufocados com a questão fiscal que tem contribuído na perda da competitividade das empresas brasileiras e catarinenses, que têm feito esforços muito grandes para sobreviver, pois a medida aprovada no Senado que trata da reoneração da folha de pagamentos, agravará ainda mais a situação do mercado de trabalho e da situação do setor produtivo.
Diante disso, a FACISC defende uma gestão mais eficiente dos recursos públicos e que o Governo passe a fazer a sua parte, cortando gastos como cargos comissionados, cartões de crédito e outros benefícios garantidos a uma minoria, para que haja um controle verdadeiramente rígido dos recursos que mantém. Pois não é taxando a classe empresarial, a verdadeira classe geradora de riqueza e renda que o Brasil voltará a crescer.
O Governo precisa agir urgente para que no final das contas não venha ser o próprio gerador do definhamento do sistema empresarial que contribui incisivamente com a economia do Brasil, além disso, que é esse sistema o principal mantenedor da própria arrecadação do Governo, se é que param para analisar essa questão.
André Gaidzinski, presidente da FACISC em exercício