27 de julho de 2016
Postado por: admin
A intenção da entidade é unir forças, promover o debate e achar soluções para os impasses que a classe enfrenta.
Através da iniciativa do vice-presidente da Acin para Assuntos da Pesca, Francisco Carlos Gervásio e do atual presidente da entidade, Rinaldo Luiz de Araújo, foi realizado, em Navegantes, nesta terça-feira (26/07), um amplo debate sobre o setor pesqueiro. A ideia é criar um grupo permanente para debater e equacionar as demandas do setor.
A reunião ocorreu no auditório da Portonave e contou com a presença do secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Carlos Alberto Chiodini, do representante da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, Sérgio Winckler da Costa, do vice-presidente Regional da Fiesc / Foz do Rio Itajaí, Maurício Cesar Pereira, do secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) Itajaí, Gaspar Laus, do secretário Municipal da Pesca e Aquicultura de Itajaí, Agostinho Peruzzo, do presidente do Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), José Jorge das Neves Furtado, do presidente interino do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Pesca de Santa Catarina (Sitrapesca), Eros Aristeu Martins, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Industrias de Pesca de Itajaí (Sitipi), Leandro Ronchi, de armadores e diretores da Acin.
Na ocasião, o presidente da Acin iniciou os trabalhos destacando a importância da pesca para a região. Rinaldo Luiz de Araújo informou também que a Associação Empresarial tem participado de questões que apresentam certa relevância para a economia regional e citou os trabalhos da entidade nas tratativas para a ampliação do aeroporto de Navegantes, bem como para a Duplicação da BR 470, para a implantação da nova Bacia de Evolução do Rio Itajaí e para a Ferrovia da Integração, entre outras. O empresário, que também já atuou no mercado da pesca, destacou que o setor precisa unir forças para buscar soluções e com isso reverter o quadro atual que não é positivo para o setor. “Eu penso que precisamos ser práticos e adotarmos medidas conjuntas para cobrar das autoridades competentes as demandas da classe. Nós da Acin estaremos sempre à disposição dos senhores”, enfatizou Rinaldo.
A reunião seguiu com a apresentação de dados estatísticos do setor. O vice-presidente da Acin para Assuntos da Pesca, Francisco Carlos Gervásio, discorreu sobre as dificuldades atuais que toda a cadeia pesqueira enfrenta. “Se nós queremos investimentos e financiamentos, os juros são astronômicos, com garantias insustentáveis. Se queremos um subsídio, do óleo diesel, por exemplo, que é o único subsídio que a pesca possui, temos que relutar a cada ano. As licenças anuais também estão sendo retiradas da região e isso acaba gerando uma consequência negativa em todos os segmentos da sociedade”, ressaltou.
Os representantes dos Sindicatos, que marcaram presença no encontro, também relataram as situações enfrentadas pelo setor, demonstrando certa revolta com o descaso das autoridades competentes. Já os representantes do Governo do Estado se colocaram a disposição para interagir nas demandas do setor. “Estamos sempre apoiando esta classe que necessita muita atenção, com certeza vamos estar juntos, lutando por mais igualdade econômica e melhores condições para o segmento”, finalizou Carlos Alberto Chiodini, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Sustentável.
Saiba mais…
O impasse na liberação de licenças para a pesca da tainha em Santa Catarina trouxe a tona as dificuldades do setor e representou o ápice de uma crise que ganhou corpo há cerca de dez meses, mas que já se anunciava há anos. Desorientada pela extinção do Ministério da Pesca em outubro de 2015, a atividade pesqueira no Estado vê velhas dificuldades potencializando os problemas do presente: falta de representatividade política, desorganização interna e incapacidade técnica do Governo Federal para tratar de questões específicas da área. Soma-se ainda as consequências inevitáveis da Operação Enredados, que no ano passado desarticulou uma suposta organização criminosa que atuava no ministério e no Ibama.
Texto e fotos:
Alexandre Batista (imprensa@acin.com.br)
Assessor de Comunicação