3 de novembro de 2016
Postado por: admin
A maré alta associada à ressaca e com influência de um ciclone extratropical, causou estragos na região nos últimos dias. Este fenômeno acabou por provocar diversos danos ao meio ambiente e estruturas litorâneas, especialmente nas áreas onde a vegetação de restinga é pouco preservada ou inexistente.
A restinga é fundamental nas praias porque ajuda na contenção das águas em caso de maré alta e ressacas. A vegetação da restinga exerce papel fundamental para a estabilização dos sedimentos e a manutenção da drenagem natural. Além disso, a restinga colabora na preservação da fauna, oferecendo alimento e ajudando os animais a se proteger dos predadores. O Código Florestal brasileiro (Lei 12.651, de 25 de maio de 2012) enquadra as áreas das restingas como Áreas de Preservação Permanente – APP, não podendo estas áreas serem devastadas e ocupadas, conforme inciso VI do art. 4º e 7º da Lei.
Segundo o engenheiro ambiental da Portonave, Gabriel Telles, a ação do mar foi devastadora em alguns pontos de Navegantes na última semana. “Na praia, onde a vegetação de restinga é existente e/ou está em fase de regeneração, os efeitos foram praticamente nulos. As dunas foram afetadas, porém não de forma a permitir o avanço das águas. A vegetação existente cumpriu com seu papel de estabilizadora de dunas, mantendo boa parte dos sedimentos (areia) no local original”, explicou Gabriel.
Preservar a vegetação da restinga e as dunas é também ajudar a reduzir os impactos causados por fenômenos climáticos, que podem trazer prejuízos. Evite pisar nas plantas, use trilhas regulares e passarelas para acessar a praia, evite jogar lixo e outros objetos na areia e na vegetação e, principalmente, passe esta mensagem a diante, conscientize outras pessoas.
Faça a sua parte. A praia é Nossa!
Fonte: Comunicação Portonave