25 de abril de 2017 - Atualizado em: 28 de abril de 2017
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Análise foi feita pela Federação e publicada na oitava edição da Carta de Conjuntura…
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina lançou hoje, 24/4, a oitava edição da Carta de Conjuntura, uma publicação quadrimestral que apresenta um levantamento de indicadores relevantes da conjuntura econômica catarinense comparados com dados nacionais, além de fazer uma abordagem macroeconômica brasileira e internacional. Na Carta, a entidade analisa o desenvolvimento de Santa Catarina perante outros Estados, baseada em dados estatísticos.
O vice-presidente da Indústria da FACISC, André Gaidzinski, destaca que Santa Catarina já demonstra celeridade para sair da crise econômica. “Nosso Estado já registra um crescimento notório no setor da indústria (4,8%), no comércio (8,4%) e no setor de turismo (6,5%). Apenas o setor de serviços registrou queda nesse primeiro bimestre do ano (-9,10%%)”. Outros dados analisados na Carta mostram que a taxa de desemprego caiu 0,5 pontos percentuais nos últimos dois trimestres e Santa Catarina foi líder na geração de empregos formais dentre os estados brasileiros nos dois primeiros meses de 2017. “Por conta desses dados vemos que Santa Catarina se destaca. Sentimos isso no dia-a-dia também nas nossas empresas e no mercado como um todo”.
Como resultado deste crescimento, o Índice de Atividade Econômica em Santa Catarina aumentou 5,70% no primeiro bimestre de 2017. “Foi o maior resultado para esse indicador no país”, alerta Gaidzinski. Além disso, os empresários catarinenses também já ensaiam a recuperação da confiança na economia. “Vale ressaltar que Santa Catarina não apresentou grandes vulnerabilidades nas contas públicas como ocorreu em outros estados, ponto determinante que também contribui para uma maior estabilidade da economia estadual”.
Para o economista da FACISC, Leonardo Alonso, é necessário colocar em evidência o tamanho da retração econômica no Brasil, que já dura dois anos contínuos. “Entre 2015 e 2016, o PIB (que mensura o nível de atividade econômica) recuou 7,2%, indicando o impacto gerado pela crise no Brasil. Com a economia em crise, os reflexos se deram em todos os setores, demonstrando quedas sucessivas de produção, vendas e empregos. Porém, apesar da retração econômica, a análise da conjuntura recente nos evidencia que os impactos mais severos da crise já se revelaram”, destaca.
Alguns apontamentos atuais sinalizam que as quedas generalizadas sobre os setores da economia estão se atenuando e alguns indicadores apontados na carta evidencia essa observação. “No primeiro bimestre de 2017, a produção da indústria no Brasil, por exemplo, cresceu 0,3% em relação a 2016 e, especificamente em Santa Catarina cresceu 4,8%. Também já se observa o próprio avanço do processo de queda de inflação e juros no país”, explica Alonso.
Para o economista, outro fator não destacado nesta carta, mas que se pode levar em consideração, é o índice que mensura a percepção do risco no país. “O risco Brasil vem reduzindo nos últimos meses. Essa situação é crucial e evidencia menor grau de instabilidade econômica e financeira”. Além disso, tanto o valor de mercado das empresas listadas em bolsa, bem como o índice BOVESPA (principal índice do mercado de capitais brasileiro) estão avançando desde o terceiro trimestre de 2016. “Esses instrumentos são fundamentais para a volta da estabilidade econômica e também para a volta do crescimento do país, que já deve ocorrer em 2017, que apesar de pequeno, já afasta o país do eixo recessivo. As projeções apontam que o PIB brasileiro cresça 0,40% em 2017 e 2,5% em 2018, segundo relatório FOCUS”.
Para Gaidzinski, mesmo diante desses fatos é necessário ter cautela quanto ao momento atual. “Não se pode ignorar os entraves que o cenário político e econômico tem gerado na sociedade como um todo. Além disso, temos que levar em consideração o cenário externo, com um novo governo nos Estados Unidos, eleições presidenciais na Europa e com a economia mundial com grandes dificuldades de voltar a crescer em níveis consideráveis. Esses fatores conduzem a um grau maior de incertezas e previsibilidade sobre os rumos da economia mundial no curto e médio prazo”.
FACISC
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina é o maior sistema empresarial voluntário e que tem a maior capilaridade de Santa Catarina. Reúne cerca de 35 mil empresas dos mais diversos segmentos: comércio, indústria, prestação de serviço, agronegócios, turismo, profissionais liberais, entre outros, através de 146 associações empresariais presentes em 220 municípios do Estado.
Acesse a publicação através do link:
facisc.org.br/economia