30 de agosto de 2011
Postado por: admin
Falta de estrutura maior, confortável e seguro afeta o desenvolvimento da região
Por: Dagmara Spautz
Pelo menos duas vezes ao mês, Marco Alan Rotta, 31 anos, passa pelo Aeroporto Internacional de Navegantes com destino às maiores cidades do país. Gerente de Projetos de uma empresa de informática de Blumenau, ele já perdeu as contas de quantas vezes precisou começar ou terminar a viagem dentro de um ônibus, indo e vindo de Florianópolis.
O trajeto por terra é consequência da falta de oferta de linhas em Navegantes, ou porque o voo para o qual Rotta fez reserva foi direcionado para o aeroporto vizinho em função do mau tempo.
Especialistas como o mestre em Turismo e Hotelaria Athos Henrique Teixeira e o diretor da Associação Brasileira de Agentes de Viagem em Santa Catarina, Leonardo Wanderhec, apontam a falta de espaço como o maior entrave ao crescimento da estrutura.
Por enquanto, os planos da Infraero para Navegantes, a curto prazo, incluem melhorias no atual terminal. As obras, orçadas em R$ 18 milhões, têm prazo de três anos para serem concluídas.
–
Projeto prevê pista maior que a de Curitiba
— Considerando os prazos para estudos de impacto ambiental e licitações, devemos ter o novo aeroporto em sete anos — projeta o superintendente do aeroporto de Navegantes, Marco Aurélio Zenni.
A área prevista para abrigar a nova estrutura fica junto ao espaço ocupado hoje pela Infraero e é quatro vezes maior do que a atual, o que possibilitará a construção de uma pista de 2.260 metros — maior que a do aeroporto de Curitiba —, e de um novo terminal.
Com mais espaço, Navegantes terá condições de receber aeronaves maiores e até aviões cargueiros, que a pista de hoje, com 1.940 metros de extensão, não comporta. Na prática, o aumento deve significar incremento na movimentação de passageiros e de carga. Hoje, mesmo em condições longe das ideais, o aeroporto é o 10º no país em importação.
A área antiga deve ser destinada à aviação não comercial, que inclui jatos e helicópteros particulares. Este tipo de operação é comum em empresas como a Petrobras, que opera cinco helicópteros em Navegantes, com uma média de seis voos diários.
Cerca de 1,2 mil profissionais embarcam todos os meses para atender à demanda da empresa na região e, de acordo com o gerente geral da Unidade de Exploração e Produção do Sul (UO-Sul), Carlos Roberto Carvalho de Holleben, a expectativa é que o fluxo de pessoas e de voos se intensifique a partir do próximo mês, devido às perfurações na área de Tiro – um dos poços de petróleo que ficam na costa de Itajaí.
Fonte: Jornal de Santa Catarina