14 de setembro de 2011
Postado por: admin
O Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu completa nesta quarta-feira uma semana sem receber navios. As manobras estão suspensas em função do escoamento da água que inundou boa parte do Vale do Itajaí, que causa uma forte correnteza.
Até agora, o prejuízo estimado é de R$ 18 milhões para toda a cadeia portuária. A superintendência do complexo calcula que 12 mil contêineres já tenham deixado de ser carregados durante a paralisação. As perdas refletem nas empresas de transporte, logística, despachantes, e nos próprios terminais.
Até a tarde desta terça-feira, 18 navios e rebocadores de plataforma esperavam em alto mar para entrar no complexo portuário.
Enquanto os navios não chegam, os terminais trabalham despachando as cargas que já haviam sido descarregadas. No terminal Portonave, em Navegantes, por exemplo, o período de paralisação está sendo usado para treinamento de funcionários e reuniões.
Análise do berço de atracação
Técnicos contratados para avaliarem os danos causados pela enchente ao berço de atracação número 1 do Porto de Itajaí, operado pela empresa holandesa APM Terminals, fizeram ontem a primeira análise da estrutura.
As operações no cais, que teve um rebaixamento entre 15 e 20 centímetros, estão suspensas por quatro a seis meses, de acordo com a superintendência do complexo portuário.
A causa apontada para a movimentação da estrutura foi o aprofundamento do Rio Itajaí-Açu na área em frente ao berço, causado pela correnteza forte dos últimos dias. No local, o canal está com 20 metros de profundidade.
Estudos deverão indicar de que forma serão feitos os reparos na estrutura. A reforma será paga pela empresa arrendatária, que possui seguro do cais. Enquanto as obras não ficarem prontas, a APM Terminals deverá ocupar o berço número 4, que estava em desuso.
Por Jornal de Santa Catarina