27 de setembro de 2011
Postado por: admin
Bancários de todo país vão entrar em greve geral a partir desta terça-feira (27) em defesa de reajuste salarial médio de 12,5% e mais uma série de reivindicações, como o cumprimento da jornada de seis horas e ampliação do sistema de segurança nas agências. A paralisação, por tempo indeterminado, ocorre em toda Santa Catarina.
Na última sexta-feira (23) aconteceu uma rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas sem acordo.
Segundo o Sindicato dos Empregados de Estabelecimento Bancários de Florianópolis e região (Seeb), os bancos recusaram todas as reivindicações da categoria em relação à segurança, saúde, melhores condições de trabalho, mais contratações, fim do assédio moral e do martírio das metas.
Repasse proporcional
Milano Cardoso Cavalcante , secretario de comunicação do Seeb, adianta que não há previsão para a duração da greve. “Em 2006, a paralisação durou 24h. Ano passado, 15 dias. Queremos apenas o reconhecimento desse setor, que no primeiro semestre deste ano foi o que mais lucrou, passando o Petróleo e Gás”, comenta Cavalcante.
A proposta apresentada pela Fenaban no dia 20 de setembro, de apenas 7,8% de reajuste, ou seja, somente 0,37% acima da inflação do período, foi rejeitada pelos 200 bancários presentes na assembléia.
O percentual proposto pelos bancos está longe dos 12,8% reivindicados pelos bancários e não é proporcional aos 27 bilhões de lucros no primeiro semestre, obtidos pelas instituições financeiras.
A nova assembléia para avaliar a proposta dos bancos será nesta segunda-feira, dia 26 de setembro, às 18 horas, novamente no Clube 12, Avenida Hercílio Luz, 626, Centro de Florianópolis. Se não houver proposta, a assembléia servirá para organizar a categoria para a greve.
Principais reivindicações dos bancários:
Remuneração
– Reajuste de 12,8%
– PLR
– Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.
– Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá iguais ao
salário mínimo (R$ 545).
– Auxílio-educação para todos os bancários.
– Previdência complementar para todos os bancários.
Emprego
– Contratação de mais bancários;
– Fim das terceirizações.
– Ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de
trabalho;
– Tempo de até 15 minutos de espera nas filas nos dias normais;
– Proteção contra a dispensa imotivada, combatendo a rotatividade
Igualdade de oportunidades
– Igualdade na contratação, remuneração e ascensão profissional.
– Realização de um novo censo para avaliar os resultados dos programas
implantados pelos bancos para combater a discriminação.
– Prorrogação automática da licença-maternidade de quatro para seis meses, sem
necessidade de solicitação por parte da bancária.
– Condições de acessibilidade nas agências tanto para bancários como para
clientes com deficiências.
Saúde do trabalhador
– Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral.
– Participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em
consideração o tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências, e
não podem ser individuais.
– Fim da divulgação de rankings individuais sobre cumprimentos de metas.
– Suspensão do trabalho em espaços físicos em reforma.
– Manutenção do salário e demais direitos no período de afastamento por
problemas de saúde.
Segurança bancária
– Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros e
extorsões.
– Emissão da CAT para quem esteve no local de assaltos e sequestros.
– Fechamento das agências após assaltos, consumados ou não.
– Porta de segurança, câmeras com monitoramento em tempo real e vidros blindados
em todas as agências e postos.
– Biombos entre a fila de espera e os caixas e divisórias individualizadas entre
os caixas internos e os eletrônicos para combater “saidinha de banco”.
– Proibição ao transporte de valores e à guarda das chaves das unidades pelos
bancários.
Fonte: Portal Economia SC,