24 de dezembro de 2011
Postado por: admin
Em entrevista ao Jornal de Navegantes, o presidente da Associação Empresarial de Navegantes (Acin), Francisco Carlos Gervásio, defende uma reforma tributária no município.
Que balanço o senhor fazer as atividades da Acin neste ano?
Gervásio – Ao longo do ano, em nossas reuniões semanais, a Acin debateu vários temas: saúde, educação, segurança, transporte, turismo, trânsito, BR-470, energia elétrica, molhes, enfim, a gente acaba discutindo tudo que tem a ver com o município. Estas reuniões ajudam os nossos associados a interagir com as coisas que acontecem no município. Além das reuniões, tivemos neste ano um novo evento, que foi o lançamento da Empresa Destaque, em parceria com o Sebrae e a Facisc, que visa premiar as empresas que se destaquem por sua gestão e por sua participação social no município. Também temos assento em conselhos municipais e no conselho regional da SDR, onde temos condições de opinar e participar intensamente destes conselhos.
Recentemente, a questão da BR-470 ganhou notoriedade pela sequência de mortes. Mas a Acin já cobra a duplicação da rodovia há muito tempo…
Gervásio – Há mais de dez anos nós estamos buscando a duplicação da BR-470. A gente sabe o quanto é difícil. A BR-470 é uma artérea fundamental para o nosso município, o fluxo de toda nossa economia transita por ali. Além da questão economica, e não deixa de ser economica também, a questão de a nossa população trabalhadora ter aquela via como fundamental no seu deslocamento ao trabalho. O trecho urbano da BR-470 em Navegantes corta uma área densamente povoada, passando por vários bairros, como Machados, São Domingos, São Paulo, entre outros. Hoje as pessoas estão morrendo. Se a gente não tomar medidas e cobrar das autoridades competentes não vamos chegar a lugar nenhum.
Outra novela é a reforma e a ampliação do aeroporto…
Gervásio – A questão do aeroporto não atente só a nós navegantinos mas a toda região do Vale do Itajaí e todo o estado de Santa Catarina. Se pegarmos os dados da própria Infraero, nós vamos chegar ao número de 1,5 milhão de pessoas que transitam no aeroporto de Navegantes durante o ano. Normalmente, quem usa avião são pessoas que decidem pelo país. São empresários, pessoas que decidem. Então, a questão do aeroporto não é um descaso com estas pessoas, é um descaso com a própria Nação.
Os empresários ficaram descontentes com o governo municipal na questão da revisão de isenção fiscal e outras questões que envolvem os impostos. O senhor chegou a propor uma reforme tributária no município. Qual sua ideia?
Gervásio – Eu propus uma reforma tributária em Navegantes. Normalmente, se pensa numa reforma tributária de cima para baixo, o que não vai acontecer nunca. O governo central não vai propor uma reforma tributária que atenda todas as questões. Não acredito nessa possibilidade. Eu sugeri a condição de se fazer uma reforma tributária no município. Saber o que, efetivamente, acontece com todas as taxas, o que acontece com todos os impostos, para onde estão indo, se é necessário mesmo. Eu não sou contra o pagamento de impostos, mas nós precisamos entender o que é feito com este dinheiro, como está sendo utilizado. Minha proposta é criar um fórum para que a gente possa debater a questão tributária no município.
Fonte: Jornal de Navegantes