8 de outubro de 2020
Postado por: Alexandre Batista
Recém empossado presidente da Facisc, o empresário Sérgio Rodrigues Alves representou a entidade nesta quarta-feira (07/10) em reunião com o secretário Nacional da Aviação Civil, Ronei Saggioro Glanzmann, para tratar sobre a situação atual e futura do aeroporto de Navegantes.
Sérgio expôs ao secretário a preocupação dos empresários em razão do edital de concessão atual não contemplar uma nova pista para cargas em razão do desenvolvimento e do suporte logístico para a região. “Entendemos que há a necessidade de se complementar o edital pois o investimento em uma segunda pista é fundamental para o desenvolvimento da região”, explicou Sérgio.
O secretário Nacional da Aviação Civil explicou que o edital foi elaborado com base em um estudo de viabilidade hipotético, porém o concessionário que ganhar poderá apresentar outras soluções de engenharia. “A solução de engenharia colocada nos estudos de viabilidade é hipotética. Na modelagem de concessão evitamos a prescrição de investimento, mas exigimos nível de serviço”, relatou o secretário.
Segundo Ronei, fazer uma nova pista é um alto investimento, por isso o cenário escolhido é manter a pista atual, porém é um cenário hipotético que será analisado pelo concessionário quando analisar as demandas mercadológicas. Se for vislumbrada a necessidade, certamente será feita a nova pista, mas se não houver negócio para tal demanda, entregará como previsto inicialmente. O fato de não ter o investimento prescrito não inviabiliza a construção”, esclareceu.
A reunião também contou com a presença do Secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável de SC, Rogério Siqueira que ressaltou que o pedido não é por uma nova pista ou pista para cargas, mas um olhar diferenciado para o modal logístico que será construído.
Também presente no encontro, o Secretario de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira completou reafirmando que é preciso ter um olhar diferenciado para Navegantes na cadeia logística de SC. “Na área aeroviária o Norte carece de atenção e as decisões precisam ser bem pensadas pois podem comprometer a economia por muitos anos. Temos a convicção que navegantes precisa melhorar dentro do que imaginamos ser o ideal para a região”, complementou.
Diretor Jurídico da PAC Log, empresa que tem a concessão da parte logística de Navegantes e de Curitiba, Neves Teodoro R de Sousa, fez o contraponto colocando que faria todo o sentido o raciocínio apresentado se concessão não fosse feita por blocos, pois sem a obrigatoriedade de construção em contrato, acredita que a nova pista não será feita e as cargas continuarão indo para Curitiba e Florianópolis e o empresário continuará pagando a conta. “Só vemos a construção se houver a obrigatoriedade em contrato, se não houver, a região ficará estagnada por mais 30 anos. O problema é o modelo de licitação por blocos. Por isso pedimos a colaboração”, ponderou Neves.
O secretário Ronei concluiu afirmando que estão alinhados com o pensamento e que o lado econômico certamente será avaliado.
Fonte: Facisc