13 de maio de 2013
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O vice-presidente da FACISC, Ernesto Reck (centro), ao lado do vice-presidente do Setor de Agronegócios da Federação, Vincenzo Mastrogiacomo (à direita), e do presidente da Acic Chapecó, Mauricio Zolet (à esquerda).
O otimismo tomou conta do setor produtivo e da classe econômica do grande oeste catarinense, com oficialização do edital da Ferrovia da Integração, assinado pelo ministro dos transportes Cesar Borges, pela ministra das relações institucionais Ideli Salvatti, pelo presidente da Valec Engenharias, Construções e Ferrovias, Josias Sampaio, e pelo coordenador da frente parlamentar das ferrovias, deputado federal Pedro Uczai. O ato ocorreu nessa sexta-feira, na sede da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) e contou com a presença do vice-presidente da FACISC, Ernesto Reck; e do vice-presidente do Setor de Agronegócios da Federação, Vincenzo Francesco Mastrogiacomo.
“Agora começamos a vislumbrar a perspectiva de avançar com o desenvolvimento regional e ter a certeza de que o oeste não vai parar. Conseguiremos assumir um novo patamar competitivo”, comemorou o presidente da ACIC, Mauricio Zolet.
A novidade é que o edital contempla três projetos em uma só licitação: o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, o estudo aerofotogramétrico e o projeto básico de engenharia. O prazo para os três trabalhos é de 22 meses e o valor do investimento do Ministério dos Transportes nesse edital é de 68,7 milhões de reais. O eixo da ferrovia está definido (Itajaí-Chapecó-São Miguel do Oeste-Dionisio Cerqueira), mas o estudo pode propor derivações de até 50 quilômetros. “Vamos ganhar tempo para poder iniciar a obra dentro de no máximo dois anos. A execução vai exigir no mínimo quatro anos”, informou o ministro dos transportes.
A notícia foi recebida como um alento entre os dirigentes de agroindústrias da região oeste catarinense. O vice-presidente da Coopercentral Aurora Alimentos, Neivor Canton, comenta que a agroindústria do oeste catarinense está longe dos grandes centros de consumo e distante das áreas produtoras de milho, seu principal insumo. A região importa mais de 2 milhões de toneladas desse grão por ano e necessita de uma ferrovia para unir os dois pólos – levando o alimento industrializado para as grandes cidades e trazendo, principalmente, milho e soja. A ausência de ferrovia está retirando a competitividade regional e fazendo empresas catarinenses migrarem para o centro do país.
‘O transporte ferroviário é a alternativa viável para baratear custos de transporte e o custo final dos produtos. Transporte ágil e barato é fator de atratividade de investimentos regionais e desenvolvimento local”, apontou.
A meta do Governo Federal é expandir de 29 mil quilômetros para 40 mil a malha ferroviária no País até 2020. Estão previstos investimentos de R$ 200 bilhões em ferrovias até 2025 para construção, recuperação, estudos e projetos. Desses, R$ 33 bilhões serão direcionados ao sul do Brasil.
Texto: Marcos A. Bedin / Assessoria de imprensa da ACIC de Chapecó