31 de maio de 2013
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O percentual de catarinenses endividados recuou 2,9 pontos percentuais, passando de 86,1% para 83,2%. Isso é o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (PEIC) de maio de 2013, divulgada nesta sexta-feira, dia 31, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fercomércio-SC). O índice de inadimplência, ou seja, a quantidade de famílias com contas em atraso, também apresentou queda na comparação com abril, indo de 23,6% para 22%.
Apesar do recuo dos índices, o número de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas subiu para 10,4%, 1,5 pontos percentuais acima do resultado obtido em abril, o segundo maior índice registrado em 2013. De acordo com o economista da Fecomércio-SC, Mauricio Mulinari, o quase congelamento da renda familiar é o fator que melhor explica o fenômeno.
“A trajetória do endividamento das famílias catarinenses tem sido de ajustamento, com queda desde fevereiro deste ano. Mas essa situação mudou, mais recentemente, com a quase estagnação do crescimento da renda, associada à maior inflação, e ao aumento das taxas básicas de juros da economia brasileira. Deste modo, mesmo com redução do número de famílias endividadas e com contas em atraso, o grau de comprometimento da renda segue subindo, o que demonstra uma menor saúde financeira das famílias do Estado”, afirmou Mulinari.
O cartão de crédito continua a ser o principal agente de endividamento das famílias catarinenses, embora sua participação tenha se reduzido em maio para 54,7%, contra 61,7% em abril. Os demais fatores seguem na mesma ordem, respectivamente, os financiamentos de carros (16,9%), carnês (11,6%) e financiamento de casas (7%). Já em relação ao tempo de comprometimento com as dívidas, a maioria dos catarinenses endividados tem dívidas por mais de um ano (49,6%). O tempo médio de comprometimento com dívidas ficou em 7,6 meses.
De acordo com o economista da Fecomércio-SC, os números da pesquisa indicam que a situação ainda é favorável e não chega a preocupar, não havendo risco de aumento da inadimplência. “O que fica prejudicada é a capacidade das famílias efetivarem novas compras com o recurso do crédito. Isso deve contribuir para o aprofundamento da desaceleração das vendas do comércio, que ocorre desde a metade do ano passado e tende a persistir ao longo deste ano”, disse Mulinari.
Fonte: Economia SC