27 de agosto de 2011
Postado por: admin
Número de pousos e decolagens nunca foi tão intenso em Navegantes, mesmo assim infraestrutura deixa a
O movimento de aeronaves nos céus de Navegantes nunca foi tão intenso. Todos os dias, 58 voos partem e chegam, em média, ao Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder, entre comerciais e fretados. O total de passageiros de 2011 deve chegar à marca histórica de 1,3 milhão — mais de 20 vezes a população do município.
Mas embora as estatísticas revelem franco crescimento, há entraves que impedem o aeroporto de decolar. Terça-feira passada, passageiros se espremiam no saguão à espera da retomada de voos cancelados em função do tempo ruim.
— A qualquer chuva, os voos não saem. Faltam investimentos em equipamentos que possibilitem as operações com mau tempo — reclama o inspetor da Petrobras Alexandre Oliveira de Almeida, 35 anos, que veio do Rio de Janeiro a Santa Catarina a trabalho.
VOR foi instalado ano passado, mas não funciona
A pista do Aeroporto Ministro Victor Konder, que tem 1.940m de comprimento por 45m de largura, está sufocada pelo mar, de um lado, e pelas construções que se aproximaram cada vez mais, de outro.
Nestas condições, os aparelhos disponíveis para as operações de voo são uma antena que emite frequências de rádio para ajudar o piloto nas manobras e o GPS, que tem a mesma função. Um terceiro equipamento, o VOR (Very High Frequency Omnidirectional Range) foi instalado no ano passado, após sete anos encaixotado, mas ainda não funciona.
Superintendente do aeroporto, Marco Aurélio Zenni conta que foram feitas, recentemente, as cartas aeronáuticas do aparelho, que indicam as coordenadas a serem dadas aos pilotos. Uma equipe da Aeronáutica deve testá-las em setembro. Mas o funcionamento não trará mudanças em relação à operação sob climas instáveis:
— Com o VOR, há ganho efetivo na segurança de voo, mas não de operação em condições adversas.
Aeroporto de Navegantes não comporta tecnologias modernas
Embora conte com aparelhos que garantem operações seguras, Navegantes não comporta tecnologias modernas para pousos e decolagens sob neblina ou chuva. O problema é a falta de espaço, conforme o gerente de Navegação Aérea, Júlio César Perdoná:
— Hoje vários aeroportos usam o ILS (Instrument Landing System), que traz maior precisão, apesar de também ter limites e não permitir operações em qualquer condição. Mas é um equipamento que fica além das cabeceiras e depende de disponibilidade de área, algo que não temos hoje em Navegantes.
Quando há atrasos ou cancelamento de voos em Navegantes, as opções que restam aos passageiros são o comércio do terminal, reduzido a quatro lojas de roupas e bijuterias, uma banca de jornais e revistas, bomboniére e duas lanchonetes. O único restaurante funciona apenas no almoço.
Fonte JSC.