24 de dezembro de 2011
Postado por: admin
A diretoria recém-eleita da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) espera que o ano de 2012 seja positivo. Segundo o presidente da entidade, Alaor Tissot, o próximo ano será construído em cima do que é possível. “Vamos crescer com o possível, mas sabemos que ainda não será o ideal”, ressaltou. Ele fez uma análise de 2011 e descreveu as expectativas da classe empresarial para o próximo ano nos mais diversos setores.
Para o dirigente, que representa mais de 26 mil empresas presentes em 220 municípios de Santa Catarina através de 145 associações empresariais, 2012 terá alguns gargalos, mas também muita expectativa de crescimento. “Sabemos que não será em 2012 que teremos as tão sonhadas reformas tributária, fiscal, trabalhista e partidária, mas podemos continuar crescendo através de investimentos e muito empenho da classe empresarial”. E ainda completa: “a reforma tributária está no Congresso. Não depende de nós. Depende de vontade política e de fazer acontecer”.
A FACISC está fazendo sua parte. É uma das propulsoras do Movimento Brasil Eficiente em Santa Catarina. O Movimento reúne o setor produtivo nacional, federações empresariais, empresas de segmentos variados, trabalhadores, profissionais liberais e a sociedade civil em torno de uma proposta de reformulação fiscal e tributária que garanta ao país um crescimento econômico sustentável, consistente, constante e acelerado. Tem por objetivo, neste momento, sensibilizar a população, a classe política e, principalmente os governantes eleitos, sobre a importância de diminuir o peso da carga tributária sobre o setor produtivo, simplificar e racionalizar a complicada estrutura tributária, melhorando a gestão dos recursos públicos.
Infraestrutura
Tissot vê que o Brasil está atrasado no planejamento do que quer para os próximos anos. Ele cita as rodovias como o principal gargalo. “As rodovias são o principal problema de Santa Catarina. Elas geram uma série de outros entraves ao nosso crescimento. A BR101 Sul é uma calamidade. Temos que pressionar o Governo para que pelo menos as licitações das BRs 470 e 280 saiam do papel”. Ele ainda analisa: “A infraestrutura é um dos pontos que provavelmente sejamos derrotados mais uma vez”.
As ferrovias também são consideradas por Alaor grandes alternativas de escoamento da produção, porém ele vê que muito ainda ter que ser feito para que a Ferrovia do Frango e a Ferroeste se concretizem. “Principalmente para o Oeste catarinense, essas ferrovias trariam grande desenvolvimento, por isso estamos engajados e lutando ao lado das nossas associações empresariais pela concretização destes projetos”.
Um dos pontos que ele considera em pleno desenvolvimento em Santa Catarina são os portos.
No setor energético, Tissot considera que o que vem sendo feito está conseguindo atender a demanda. “Se houver um crescimento entre 8 e 10% nos próximos cinco anos não faltará energia”, analisa.
O presidente avalia que um dos maiores entraves a curto prazo será a mobilidade de cargas e pessoas. “Isso vai travar o nosso crescimento”.
Economia
Tissot analisa que num todo a economia nacional está indo bem. Alguns setores cresceram muito, como a construção civil, mas também deixa clara a sua preocupação. “Apesar de estar num patamar onde nunca estivemos, temos que abrir os olhos. Somos contrários a qualquer ajuda a outros países em crise. Temos que resolver primeiro nossos problemas internos, que são muitos. Temos que cuidar primeiro do nosso povo. E lembrar que a ajuda que tivemos no passado custou muito caro para o Brasil. Não foi de graça”. Ele também ressalta o cuidado que o Governo deve ter com o incentivo à importação em determinados segmentos sob pena de gerar uma crise interna, como no caso dos automóveis e o setor têxtil.
Dilma
O presidente analisa com surpresa o desempenho da presidente Dilma Rousseff neste primeiro ano de mandato. Ele acredita que ela está se saindo bem dentro do contexto atual. “Ela vem tomando atitudes que a classe empresarial não esperava. Está agindo diferente do ex-presidente, tendo uma postura firme, principalmente em relação aos casos de corrupção”.
Copa do Mundo
Em relação a Copa do Mundo, Tissot pondera vários quesitos. Ele teme que a “aventura da Copa do Mundo” exponha o Brasil a um vexame mundial no que diz respeito a mobilidade urbana, infraestrutura aérea e mão-de-obra. “Temos vários quesitos que precisamos prestar atenção. Não é só a malha aérea, é todo o conjunto de serviços necessários para atender bem o turista, mesmo considerando que o maior fluxo será dos próprios brasileiros. Não acredito que virá tanta gente de fora”. Ele reforça a importância de cumprir o compromisso assumido e fazer um excelente evento. “Só nos resta torcer a favor para que tudo dê certo”.
O ano de 2011 é marcado pela comemoração dos 40 anos da, entidade representativa da classe empresarial catarinense. Com quatro décadas de atuação, a Facisc alcança números expressivos. Dados que fazem da Facisc a maior federação empresarial de Santa Catarina, pela sua capilaridade, dedicação voluntária e contribuição espontânea dos seus associados.
FACISC
Para a FACISC 2011 foi um ano de comemoração. A entidade completou 40 anos de fundação. Além de comprometer na luta pelas causas empresariais, a Federação também se esforça pelo desenvolvimento das associações empresariais, ou seja, do associativismo empresarial, movimento importante em defesa da classe produtiva. A Federação trabalha para alcançar resultados positivos para as empresas associadas, crescimento profissional para empresários e colaboradores das empresas, auto sustentabilidade para suas filiadas.
A Facisc está mais presente a nível nacional através da vice-presidência ocupada pelo ex-presidente da entidade Luiz Carlos Furtado Neves na Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e no Conselho do Sebrae Nacional.
Também reforçou seu trabalho em Santa Catarina com a presença constante dos diretores em eventos dos mais diversos segmentos empresariais e com a luta das suas associações filiadas na questão do aumento no número de vereadores. “Este é um movimento comunitário encabeçado pelas ACIs que mostra a força das associações em seus municípios”.
Empreender
Um dos programas de maior sucesso no Brasil voltado para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas, o Empreender, nasceu em Santa Catarina há 20 anos e continua sendo um dos carros chefes da Federação. “Conseguimos encontrar uma fórmula que estimula a competitividade das micro e pequenas empresas. Aquelas que fazem parte dos núcleos setoriais fazem a diferença no competitivo mercado global que atuamos”, explica Tissot.
O presidente considera que um conjunto de elementos é a receita de sucesso do Programa em Santa Catarina. “A maturidade do Programa em Santa Catarina é um diferencial para a realização de ações. Conseguimos alcançar resultados que realmente fazem a diferença para as empresas”, ressalta. A parceria com o Sebrae/SC é considerada pelo dirigente como primordial no desenvolvimento do Empreender. Outra questão que trouxe um diferencial para o Programa em 2011 foi o desenvolvimento do Projeto Empreender Competitivo. Foram 37 projetos de ações realizadas por núcleos setoriais que visam o desenvolvimento das empresas participantes do Programa Empreender. “Isso só foi possível por conta da parceria com a nossa confederação, a CACB, e o Sebrae Nacional”.
Soluções Empresariais
Desde 2003 a FACISC oferece uma gama de soluções empresariais para empresas e entidades. Entre as diversas opções que compõem o leque da FACISC para atender o empresariado está a rede de cartões Útil Card. A expectativa do presidente é que para o próximo ano as soluções continuem crescendo. Ele também comunica que novas soluções estão em estudo para ampliar a oferta da FACISC. Entre outras soluções que a Federação oferece estão Serasa, Certificado de Origem, plano odontológico Uniodonto, Printe – Programa de Proteção Intelectual e registro de marcas e patentes, e certificação digital.