10 de janeiro de 2012
Postado por: admin
Com o nome de FIMAC FGTS , proposta, de autoria do presidente da Anamaco, Cláudio Conz, contempla todas as faixas de renda da população
O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta terça-feira, 10 de janeiro, em reunião extraordinária, a criação do FIMAC (Financiamento de Material de Construção). A proposta aprovada por unanimidade, de autoria do presidente da Anamaco, Cláudio Elias Conz, que é membro do Conselho representando a Confederação Nacional do Comércio, terá valor máximo de empréstimo de R$ 20 mil, com juros de 12% ao ano para o consumidor e prazo de amortização de até 120 meses. O financiamento será concedido independente da renda familiar do proponente, que necessariamente deverá ser optante do FGTS, com vínculo empregatício.
“As atuais modalidades de financiamento previstas nos programas de aplicação do FGTS se destinam à reforma, ampliação e construção de imóvel habitacional e se concentram prioritariamente em famílias de baixa renda. As outras faixas de renda estão carentes de linhas de crédito nesta área”, explica Cláudio Conz. “Além disso, verificamos que a demanda por material de construção vem sendo suprida principalmente por intermédio dos CDCs, com taxas muito elevadas para o propósito de melhoria do imóvel residencial. Ao atender essa população com as menores taxas do mercado, as aplicações de recursos do Fundo serão alavancadas com melhor rentabilidade, propiciando às famílias condições mais adequadas de moradia”, completa.
O FIMAC financiará a aquisição de material de construção em geral, alcançando, inclusive, a Individualização de Hidrômetros em Condomínios Residenciais Verticais e a implantação de Sistemas de Aquecimento Solarem unidades residenciais já construídas, além de itens que visem acessibilidade, desenvolvimento sustentável e preservação do meio ambiente. Ele terá início imediato com uma fase piloto com verba de R$ 300 milhões e, se for bem aceito, poderá ter essa verba aumentada em quanto for necessário pelo Conselho Curador. “Estamos muito satisfeitos em iniciar o ano já com este benefício que será muito importante para manter o acesso ao crédito, não só para as famílias menos favorecidas, como também para as demais classes de renda. Também será uma medida importante para que o desempenho do setor de material de construção continue sendo positivo em 2012. As pessoas não podem deixar de acreditar no sonho da casa própria por falta de acesso ao crédito ou por não poderem arcar com juros muito altos”, completa.
Vendas de material de construção cresceram 4,5% em 2011
As vendas de material de construção cresceram 4,5% em 2011 na comparação com 2010, segundo dados divulgados hoje pela Pesquisa Anamaco. O faturamento do setor no ano foi de R$ 52 bilhões.
Segundo o presidente da Anamaco, Cláudio Elias Conz, o desempenho ficou abaixo da projeção de 5%. “O setor teve um bom início de ano, mas sofreu um processo de desaceleração a partir do primeiro semestre e este processo foi se intensificando e teve o seu ápice em Outubro quando, depois de mais de 30 meses, apresentamos uma queda nas vendas de 7%”, declara Conz. “Esboçamos uma reação em novembro e dezembro, mostrando uma clara reversão do declínio de vendas, mas no balanço total do ano o desempenho ficou aquém do previsto”, completa.
Conz explica que diversos fatores ao longo do ano, principalmente a restrição do crédito ao consumidor, influenciaram as vendas de material de construção. “Reforma ou construção sempre demandam planejamento e, com a falta de acesso ao crédito, o consumidor acabou não comprando. Os bancos médios que ofereciam linhas de crédito acessíveis deixaram de atuar ao longo do ano e os recursos do FGTS para financiamentos em 2011 foram pífios. Além disso, para completar, os grandes bancos não deram a devida atenção a esta carteira de empréstimos, apesar de ela ter um grau de inadimplência bem baixo”, explica Conz. “Daí surgiu a ideia de apresentar uma proposta pedindo a criação de uma linha de financiamento de material de construção com recursos do FGTS. Em tempos de crise não podemos deixar que a confiança do consumidor seja abalada. Sem acesso ao crédito ele não vai se aventurar a fazer uma reforma ou algo que demande mais planejamento”, finalizou o presidente da Anamaco.
Segundo a pesquisa divulgada hoje, na comparação do mês de dezembro sobre novembro, as vendas ficaram estáveis. Já na comparação dezembro de 2011 sobre dezembro de 2010, houve um crescimento de 2,2%
“A nossa previsão é de um crescimento de 7,5% em 2012 sobre o ano passado. As obras do Minha Casa Minha Vida e a continuação da redução do IPI sobre os materiais de construção até o final de 2012, além de outros fatores, como a continuação das obras para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, nos permitem dizer que teremos um ano melhor do que 2011”, finaliza o presidente da Anamaco.
Fonte: Anamaco