10 de agosto de 2012
Postado por: admin
As vendas reais da indústria de Santa Catarina fecharam o primeiro semestre do ano com alta de 10% em relação ao mesmo período em 2011, mostra a pesquisa indicadores industriais, realizada pela Federação das Indústrias (FIESC), com 200 empresas e apesar do resultado positivo, as horas trabalhadas na produção recuaram 1,7%, e a capacidade produtiva das fábricas fechou com ocupação de 82,93%, desempenho inferior aos 85,78% registrados no mesmo período no ano passado.
Dos 16 setores pesquisados, três registraram queda no faturamento: produtos metálicos (-19,5%), veículos automotores, carrocerias e autopeças (-15,3%) e material eletrônico e equipamentos de comunicação (-2,9%). Entre os setores que apresentaram desempenho positivo estão máquinas e equipamentos (30%), alimentos e bebidas (14,6%), artigos de plástico (11,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,2%).
O faturamento da indústria em junho registrou redução de 6,4% em relação a maio, com redução nas vendas de treze dos dezesseis segmentos pesquisados pela Federação. As quedas
mais expressivas foram registradas em produtos têxteis (-17,8%), máquinas e equipamentos (-11,8%), produtos metálicos (-9,3%), alimentos e bebidas (-6,7%).
Estoques em alta
A sondagem industrial de Santa Catarina, realizada pela FIESC com 123 empresas de todos os portes, mostra que em julho os estoques da indústria do Estado ficaram acima do planejado, com indicador em 56,2 pontos. Essa situação vem ocorrendo desde janeiro do ano passado. Valores acima de 50 indicam estoque superior ao planejado e abaixo de 50 pontos inferior ao desejado.
O levantamento mostra que a atividade industrial continua desaquecida. Em junho, o indicador de utilização da capacidade instalada ficou em 41,1 pontos, mostrando que a indústria opera com mais ociosidade do que o normal para o período.
O indicador de volume de produção ficou em 45,6 pontos. Isso significa fraca evolução da produção industrial de Santa Catarina. O indicador registrou queda para todos os portes de empresa pesquisada em relação ao mês anterior. O levantamento revelou ainda que os empresários estão menos otimistas em relação à demanda, compras de matérias-primas, número de empregados e exportações para os próximos seis meses.
Quanto à margem de lucro operacional e à situação financeira, ainda é grande a insatisfação da indústria. Do total de empresas pesquisadas, 44,2% respondeu que está com a margem ruim ou muito ruim. Do restante, 39,3% afirmou estar com margem de lucro satisfatória, 15,8% respondeu que a margem é boa e somente 0,8% possui a margem de lucro operacional muito boa.
No grupo pesquisado, aproximadamente 30% respondeu que a situação financeira está ruim ou muito ruim e 46% satisfatória. O acesso ao crédito continua difícil para as empresas, sobretudo, para as de pequeno porte.
Os maiores entraves à competitividade continuam sendo a elevada carga tributária, indicada por 63,4% das empresas pesquisadas, a competição acirrada no mercado (48%), a falta de demanda (35,8%) e a falta de trabalhador qualificado (29,3%). O alto custo da matéria-prima também foi indicado por 24,4% das empresas pesquisadas.
Fonte: Economia SC