31 de outubro de 2012
Postado por: admin
s taxas de administração das máquinas de cartões de crédito e débito são o novo alvo do governo na guerra pela redução dos custos financeiros da economia.
Depois dos juros e das tarifas bancárias, a equipe econômica tem focado nesse mercado que cobra, em média, 4% do valor de cada operação nos cartões de crédito, e de 6% nos vales refeições. Dominado hoje pelas empresas Cielo e Redecard, o mercado trabalha com três taxas: de administração (ou desconto), que incide sobre cada operação realizada com cartões entre clientes e lojistas; de aluguel, pela posse de cada máquina; e de exclusividade.
O governo já demonstrou incômodo com a persistência do mercado em trabalhar com exclusividade em algumas bandeiras de cartões. Em carta endereçada à presidente Dilma Rousseff e entregue pessoalmente à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, atacou essa exclusividade, argumentando que para um restaurante poder receber todos estes meios de pagamentos, ele tem de trabalhar com várias maquinetas e se submeter às taxas extorsivas. Até fim do ano, o governo deve pressionar novamente as empresas para derrubar os acordos de exclusividade, mas não fará nada quanto à taxa de mensalidade pelo porte das máquinas. Os estudos tem se concentrado principalmente na taxa de administração.
Fonte: O Estado de S. Paulo.