20 de maio de 2014
Postado por: admin
O setor de serviços registrou crescimento nominal de 6,8% em março na comparação com igual mês do ano anterior. O aumento ficou abaixo do registrado nos meses de fevereiro (10,1% – dado revisado) e janeiro (9,2%), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O avanço de março foi o terceiro menor desde o início da série, em janeiro de 2012. No ano e em 12 meses, o crescimento ficou em 8,7%.
Os serviços prestados às famílias registraram crescimento de 10%; os serviços de informação e comunicação, de 4,4%; os serviços profissionais, administrativos e complementares, de 8,8%; transportes, serviços auxiliares dos transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, de 8,0%; e outros serviços, de 3,3%.
No segmento que teve a maior alta, do serviço prestado às famílias, os destaques ficaram com serviços de alojamento e alimentação (10,2%) e outros serviços prestados às famílias (8,8%).
“Apesar da queda [taxa menor em relação ao mês anterior], os serviços prestados às famílias estão no patamar que pode ser considerado bom. O acumulado está dando patamar entre 12%”, afirmou o coordenador de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha.
“Na telecomunicação, tivemos crescimento bem baixo. Cresceu muito pouco, e nos serviços audiovisuais e agências de notícias o crescimento foi bem menor. Isso porque muitas empresas de edição de livros e material didático tiveram essa redução no faturamento em função da própria sazonalidade [variação conforme a época do ano]. Elas trabalham com encomendas de governos e elas começaram a ser feitas desde novembro do ano anterior”, disse Saldanha.
Como os segmentos de serviços de informação e comunicação e de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio representam os maiores pesos no cálculo do indicador, acabaram exercendo pressão para que o crescimento do setor, em março, se situasse em um patamar inferior aos dos meses anteriores.
“Nós tivemos também uma redução muito forte no transporte aquaviário. Foi identificada uma retração em função do menor volume de exportações. Se compararmos as exportações, tivemos redução de 8,8% em comparação de março de 2014 com março de 2013. Então, isso reflete na receita das empresas”, afirmou.
Ainda de acordo com o IBGE, a estiagem no setor agrícola também afetou o transporte.
“Os setor de serviços tradicionalmente atua de forma complementar ao setor industrial, sempre foi assim. No Brasil é assim também. Se o setor industrial tem retração de atividade, menor produção, vai refletir no transporte de carga. As empresas vão consumir menos serviços, que são o seu consumo intermediário”, explicou.
Na análise regional, todos os estados apresentaram variação nominal positiva, com as maiores taxas partindo do Mato Grosso (20,4%), do Distrito Federal (20,3%), do Acre (15,1%) e da Paraíba (11,5%). As menores taxas foram registradas em Rondônia e Piauí, ambas com 0,7%, Roraima (1,2%), Sergipe (1,3%) e Tocantins (2,0%).
Como é a pesquisa
Segundo o IBGE, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) abrange as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram). A pesquisa investiga a receita bruta de serviços nas empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas e os dados ajudam a compor o Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os produtos e serviços produzidos no país.
Fonte: G1