21 de março de 2017
Postado por: admin
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) acompanha a divulgação da Operação Carne Fraca, deflagrada na última sexta-feira (17/3) pela Polícia Federal, que investiga empresas do setor alimentício envolvidas supostamente em um esquema de corrupção que liberava a comercialização de alimentos produzidos por frigoríficos sem a devida fiscalização sanitária. A entidade também manifesta preocupação sobre o ocorrido e mostra-se favorável às investigações e ao controle de qualidade dos produtos de origem animal tanto Santa Catarina, como em todo o país.
De acordo com o vice-presidente de Agronegócios da Facisc, Vincenzo Mastrogiacomo, que tem experiência técnica há mais de 40 anos, atuando em grandes empresas produtoras e exportadoras de carne, a Operação visou punir agentes do Ministério da Agricultura que estariam envolvidos em receber propinas para acobertar atos ilícitos que viessem a burlar o regulamento geral do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura (SIF), responsável pela inspeção dos abates, preparação e exportação de carnes de ave, suínas e bovinas.
“Mediante esses fatos foram lançadas suspeitas sobre a qualidade das carnes em 21 unidades do Brasil atacando indistintamente e de forma geral pequenas fábricas bem como grandes conglomerados, que somam cerca de 5.000 unidades industriais de produção de carnes existentes no país. A mídia revela carnes podres, adulteradas, sem condições de consumo, uso de aditivos químicos, porém nada foi apresentado como laudo, auditorias ou reclamações tanto do mercado interno como do externo. Com todos esses processos não podemos aceitar que um desvio cometido por alguns agentes e operadores possam comprometer todo um trabalho de muitos anos na conquista da excelência em qualidade de produção das carnes. Por outro lado, se houve irregularidade, deve ser apurado e corrigido e os responsáveis punidos”, afirma.
O SIF é um dos melhores serviços de inspeção no mundo na defesa da qualidade e sanidade animal e como consequência o Brasil é hoje o maior exportador de carnes de aves e bovinas, seguidas da carne suína. “São mais de 150 países que recebem e consomem nossas carnes, então não podemos aceitar que um fato dessa natureza e ainda pouco explicado possa afetar a total qualidade das carnes produzidas pelas nossas empresas frigoríficas cujas plantas estão entre as melhores do mundo.
Apesar do estado de Santa Catarina não ter sido citado nesse episódio, poderá ser também afetado economicamente, uma vez que é a maior exportadora de carnes suína e a segunda maior exportadora de carne de aves.
A Facisc mais uma vez demonstra preocupação sobre o ocorrido e reitera a defesa pelas indústrias, pela qualidade e sanidade da produção, pela defesa do sistema de inspeção do Ministério da Agricultura e se manifesta a favor da punição aos infratores pelos órgãos competentes.