23 de novembro de 2017
Postado por: Alexandre Batista
O presidente da Acin, Rinaldo Luiz de Araújo, representou a classe empresarial na reunião e acompanhou atentamente as explanações.
A Prefeitura de Navegantes realizou, na noite de quarta-feira (22), no Clube Recreativo 18 de Maio, uma explanação sobre as obras de recuperação da Praia do Gravatá, onde foram apresentados os projetos de reconstrução do calçadão, enrocamento com colocação de pedras e a construção do molhe. Mais de 130 pessoas participaram do evento, entre elas representantes de entidades do município, do setor de construção civil, setor pesqueiro e comunidade em geral.
Na ocasião, o coordenador de Defesa Civil de Navegantes, Evandro Argenton, falou sobre a “zona de guerra” instalada na Praia do Gravatá após a ressaca que assolou todo o litoral no ano de 2016, assim como o trabalho conjunto da defesa civil do município e do estado para montar o decreto de emergência visando a liberação de recursos para a reconstrução da área atingida.
Já o secretário de Segurança Pública, Johnny Coelho, ressaltou que a administração municipal não pode ser omissa com o que está acontecendo, no entanto, estão sendo recebidas muitas opiniões a respeito do que deve ser feito, só que o poder público deve ter cautela na execução de obras, para que as medidas não sejam apenas paliativas e sim tragam um resultado efetivo às necessidades. Citou o exemplo de outras praias do Estado, em que as obras não foram bem planejadas e o mar voltou a levar as benfeitorias embora.
Logo após, a secretária de Comunicação Social, Maria Flor, fez a leitura das etapas da obra envolvendo o enrocamento com pedras; reforma dos deques de madeira; instalação de novas rampas de acesso à praia, ciclovia e recolocação do paver.
Os engenheiros da Secretaria de Planejamento Urbano, Márcio Butzke e José Fernando Vieira, falaram sobre o convênio, a fiscalização da obra, medição e pagamentos. Ressaltando que na parte do enrocamento, foi realizada apenas 25% da colocação de pedras devido às más condições climáticas, fazendo com que tivesse um atraso na obra, que deveria ser concluída no dia 19 de dezembro.
Os técnicos da empresa Proteger falaram sobre o licenciamento ambiental das obras de construção do Molhe. Todo um projeto foi realizado durante dois anos na Praia do Gravatá e concluiu que dois problemas afetavam a região: o assoreamento da foz que prejudica os pescadores e a erosão que diminuiu a faixa de areia. Com isso, foi concluído que a melhor solução seria a construção do molhe, para estabilizar o canal e proteger das ondas. Os técnicos destacaram que Navegantes foi o primeiro município que fez o estudo de modelagem do mar, sendo que em outras cidades que não fizeram não restou faixa de areia. Eles destacaram ainda que o estudo apontou que com o molhe haverá um engordamento natural da faixa de areia, a médio e longo prazo, e que o pré-licenciamento gerou a execução de 14 projetos, o que causou uma demora no processo, mas que agora está na fase final do licenciamento ambiental para iniciar a licitação nos próximos dias.
E a superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente, Cláudia Angioletti Gabriel, falou sobre a importância das dunas para conter as ressacas e ressaltou o processo de recuperação por meio de dunas primárias, que acumulam areia e contribuem para o processo de formação de restinga.
Ao final, foram abertos 15 minutos para questionamentos e as dúvidas que não puderam ser esclarecidas no tempo serão respondidas por e-mail.
Fonte: Secom PMN