14 de setembro de 2020
Postado por: Alexandre Batista
Diante do novo normal, como devemos reorganizar uma empresa? Quais as estratégias para reabrir e manter um negócio com segurança na retomada? Que medidas e ferramentas estão disponíveis no mercado para ajudar nesse processo? Essas respostas estão no Guia da Pandemia, um manual prático para reinventar seu negócio em tempos de crise, elaborado pelo programa Empreender, com apoio do programa AL-Invest 5.0.
Para explicar os principais pontos desse guia, o programa Empreender convidou Rodrigo Carrijo, especialista em atividades de elaboração, gestão e avaliação estratégica de projetos para instituições, responsável por projetos nacionais e internacionais com foco no desenvolvimento empresarial e no empreendedorismo. Ele atuou na coordenação nacional do programa Empreender e tornou-se uma referência no sistema de Associações Comerciais do Brasil.
A palestra “Os legados da pandemia para o empreendedorismo” foi transmitida ao vivo no dia 1º/9 e está salva na página do Empreender no Youtube.
O ano de 2020 foi marcado com a quebra abrupta do que era conhecido como o normal. Temas como a saúde física e mental do empresário, a importância do crescimento sadio das empresas e a fidelização de clientes em tempos de distanciamento social vieram a debate com um senso de urgência para os empresários.
A pandemia trouxe desafios do ponto de vista empresarial, como as mudanças de comportamento dos clientes, que agora são mais exigentes não apenas com o produto/serviço, mas também com a experiência positiva na compra: “Quando o cliente muda, o mercado muda”. Por isso, pode-se dizer que a crise, apesar de limitar as relações humanas no meio físico, desafiou o empresário a criar laços humanos por meio da tecnologia: “No pós-pandemia, as empresas tendem a sair mais tecnológicas e as pessoas tendem a sair mais humanas”, sintetiza Carrijo.
Entre os legados que já se consolidam na pandemia, está o uso da tecnologia para a criação e manutenção de conexões entre pessoas. Segundo o palestrante, esse aspecto cria oportunidades para empresas que estavam atrasadas na corrida da transformação digital: “Havia uma distância muito grande entre empresas digitalizadas e empresas não-digitalizadas. Nos últimos cinco meses, essas empresas tiveram condição de se nivelar, uma vez que diversas ferramentas se tornaram mais acessíveis”.
Como ferramenta disponível no mercado para a transformação digital das empresas, foi citado o programa Up Digital, iniciativa do Sebrae criada para impulsionar a transformação digital nas pequenas empresas. Cerca de 20 núcleos setoriais de diversas partes do Brasil participaram, com o apoio do programa Empreender, das primeiras turmas do novo programa do Sebrae. Setores como Bares e Restaurantes, Confecção, Lojistas, Saúde e Tecnologia tiveram acesso à jornada online de imersão em ferramentas digitais, criação de conteúdo e estratégias de presença digital.
A iniciativa do Empreender para garantir a participação de núcleos setoriais no Up Digital foi elogiada por Carrijo. Ele ressaltou o empenho do projeto em trazer, de maneira desburocratizada, a oportunidade que centenas de empresas brasileiras precisavam para implementar ferramentas de digitalização em um prazo curto, em decorrência da pandemia.
Faça o download do Guia da Pandemia
O Guia da Pandemia busca contemplar práticas de reorganização geral da empresa, medidas e ferramentas disponíveis no mercado, reflexões sobre a consolidação do “novo normal” e os protocolos de retomada do Sebrae, lançados em junho de 2020, que incluem boas práticas para que 35 setores possam restabelecer seus negócios com segurança.
O palestrante
Rodrigo Carrijo possui 12 anos de experiência em atividades de desenvolvimento e caracterização de metodologias para o desenvolvimento econômico territorial, elaboração e implementação de soluções para o desenvolvimento empresarial, desenvolvimento e implementação de sistemas de acompanhamento e monitoramento de programas e formulação de políticas e estratégias.
Junto ao Governo Federal, atuou no desenvolvimento e coordenação de projetos relacionados à segurança pública com o Ministério da Justiça, no desenvolvimento de estudos relacionados à ampliação do Sistema Energético Brasileiro com o Ministério de Minas e Energia, e no desenvolvimento da proposta de padronização dos serviços e procedimentos do Sistema Nacional de Empregos (SINE) junto ao Ministério do Trabalho, em um programa financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Para o desenvolvimento empresarial, se dedicou à formulação de estratégias e acompanhamento da implementação do Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi) e do Programa de Inovação para Pequenas Empresas, ambas iniciativas do Sebrae Nacional e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Atuou também no Empreender Competitivo, da CACB, com apoio do Sebrae, e em projetos nas Federações de Associações Comerciais dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais.
Em projetos internacionais, trabalhou na elaboração e gestão do projeto executado pela Facisc, no âmbito do programa AL-Invest 5.0, da União Europeia, a coordenação do projeto Empreender Internacional, com o objetivo de disseminar a metodologia de atuação em núcleos setoriais em países africanos e latino-americanos.
Carrijo ministra palestras e treinamentos voltados para o empreendedorismo e o associativismo, a elaboração e gestão de projetos, captação de recursos e desenvolvimento de sistemas de monitoramento.