• Ricardo Gandra

Talvez já tenha ouvido falar deste caso, amigo(a) leitor(a), mas o ocorrido que vou lhe relatar mostra a diferença de reconhecimento de profissionais que são proativos, engajados e motivados e daqueles que adoram um sossego e acham qualquer motivo para não mudar nada.

Um presidente de uma empresa percebeu que seu número de funcionários cresceu em 40% nos últimos seis meses. Esta corporação tinha a prática de oferecer almoço em sua cantina a um preço bem acessível em uma demonstração de como a firma se preocupava em oferecer a alimentação a um custo mais baixo e, de ao mesmo tempo, possibilitar que seus empregados não tivessem que sair do local de trabalho para a refeição principal do dia.

Este dono da empresa tinha duas secretárias executivas: uma já estava na empresa há mais de 10 anos, muito dedicada às tarefas dadas a ela e sempre disposta a ajudar e a outra era recém contratada, com apenas quatro meses de organização, contudo, sempre disposta a ajudar e, principalmente, inovar. Preste atenção neste último comentário!!!

As duas executivas foram chamadas pelo seu líder, que reivindicou uma solução mais acessível a longo prazo sobre a questão do almoço. O líder desejava ganhar no preço, uma vez que seu número de funcionários aumentou substancialmente no último semestre. As colaboradoras teriam três dias para ofertar uma proposta que pudesse agradar a empresa.

Após um dia de pesquisas, a secretária que tinha um tempo mais longevo na empresa chegou com a sua solução e depois de três dias, a secretária novata também levou às suas respostas ao seu presidente. Após analisar com minúcias, as devolutivas de ambas de sua demanda, o presidente chamou a secretária com pouco tempo e lhe deu um aumento de 50% e a notícia não demorou a chegar no ouvido da funcionária de mais de 10 anos de carreira.

Então, a funcionária de mais tempo procurou o presidente da organização e expôs sobre sua disposição e seu tempo de dedicação à empresa. O líder olhou pra ela, pediu para que se sentasse e replicou a solução dada pela empregada veterana que ali estava:

– Vi que trouxe uma solução prática ao que lhe pedi. Um fornecedor com um almoço com pouca variação durante seis meses e o preço final. Vou chamar a sua colega, pois quero fazer a mesma pergunta sobre o que ela me trouxe de resposta. Alguns minutos depois, estavam ali os três e foi a vez de a secretária mais jovem de casa demonstrar a sua resolução. E ela começou:

– Trouxe três orçamentos de fornecedores diferentes. Todos eles me apresentaram um plano de quentinhas para seis meses e um ano com preços diferenciados e com um valor mais interessante nos contratos de 12 meses. Um destes fornecedores nos apresentou um prato diferente para cada dia de semana, o outro colocou massa na segunda, tropeiro na terça, estrogonofe na quarta, churrasco na quinta e feijoada na sexta, enquanto que o último variou apenas dois pratos durante a semana, mas com um preço bem mais atraente. Após terminar o relato, o líder olhou para a secretária mais antiga e perguntou:

– Mas sobre o que estávamos falando?

E ela rapidamente: Deixa pra lá, não é muito importante!

A moral deste caso: você pode ser muito melhor precificado, se apresentar mais soluções aos seus clientes. A proatividade é valorizada nas empresas, enquanto que “a zona de conforto” adorada por muitos não os deixarão prosperar na caminhada profissional, sem falar naqueles que são convidados a se retirar pelo departamento de RH. Pense nisso!