Quando comecei a escrever esse texto, tive um momento de dúvida, precisei parar para refletir profundamente sobre uma resposta a essa pergunta, percebi que não se trata de uma resposta simples, não é como se responder para que time torce, qual cidade é mais bonita, que cerveja prefere, qual carro é melhor.

Passamos nossa vida inteira tendo que fazer escolhas, na medida que amadurecemos elas vão se tornando mais importantes e decisivas em nossa vida e da nossa família, outras importantes e decisivas na vida de um grupo na sociedade, outras importantes e decisivas para a cidade, estado e pais.

Exagero? De forma alguma. Lembra da terceira lei de Newton, a que trata que toda ação provoca uma reação? Pois é, na vida não é diferente, toda decisão que tomamos e transformamos em ação, provocamos uma reação ou resultado. Se a decisão for boa e a ação for bem planejada o resultado será positivo, se a decisão for movida por emoções, vaidades, interesses pessoais, motivos errados a ação provocará resultados ruins e errados. E o resultado disso? É ai que mora o problema, o resultado disso é a sociedade onde vivemos. Sim a sociedade onde vivemos é o resultado do que somos, pensamos, dizemos e fazemos. Não adianta criticar a sociedade, a situação os políticos, eles estão onde estão, como fruto de uma reação a uma ação que a maioria de nós escolheu adotar. Ai alguns irão dizer, mas não foi eu, foi a classe a, b, ou c que os colocou lá, ai eu pergunto, e porque nossa sociedade é dividida em classes? Quem dividiu? A resposta é simples, nós permitimos dividir a sociedade para poder trabalhar cada uma delas, de forma a extrairmos o melhor que pudermos em nosso benefício de cada uma delas, porque fica mais fácil entender e atender a classes isoladamente, é só observar os discursos políticos, eles mudam de acordo com a classe com que os políticos dialogam.

Recentemente elegemos os gestores da nossa cidade para os próximos quatro anos, temos observado que ainda existem brigas, discussões, alegrias e descontentamentos cravadas nas redes sociais e essa é uma ação totalmente equivocada, esse tipo de ação apenas fomenta uma grave reação que será a divisão e com ela o enfraquecimento do poder da sociedade.

Agora é hora de assumirmos o nosso lado, o lado da cidade, dos interesses comuns da sociedade, do desenvolvimento, da organização. Como fazer isso? Simples, agora não cabe mais críticas, aliás se criticar resolvesse, estaríamos classificados como país, estado, cidade desenvolvidos e de primeiro mundo faz tempo.

A hora é de participar, não temos cargos eletivos, mas temos pessoas eleitas por nós que nos devem o nosso voto, respeito, trabalho e seriedade, a hora é de respeitar as novas autoridades mas sem submissão, porque políticos com mandatos, nada mais são do que servidores públicos, pagos por nós para servirem de forma honesta e dedicada aos interesses da comunidade, e que se assim não agirem, deverão ser denunciados e que paguem perante as leis pelos erros que cometerem.

Vamos apoiar dando ideias do que achamos bom, justo e correto para sociedade, como por exemplo, não usar vereadores eleitos como secretários afim de ter o comando do legislativo ocupado por suplentes, devendo seus mandatos ao chefe do executivo. Vamos apoiar dando ideias do que achamos bom, justo e correto para a sociedade, como trazer para ocupar cargos em poucas secretarias estrategicamente pensadas para reduzir os gastos do dinheiro público, pessoas competentes, especialistas, com trabalhos já desenvolvidos em cada área e reconhecidos por suas eficiências. Vamos participar dando ideias de como as licitações podem ser transparentes e focadas na eficiência dos trabalhos e da diminuição de custos. Vamos participar dando ideias de como podemos aproveitar melhor os recursos recolhidos pelo nosso município, sendo bem aplicados na melhoria da educação, segurança, saúde, infraestrutura e qualidade de vida dos nossos munícipes.

Ação e reação… se nossa ação for no sentido de apoio por mudanças, acompanhadas de fiscalização, cobranças, a reação será positiva, com harmonia, interesses comuns e menos conflitos entre quem votou ou apoiou esse ou aquele. Ao final das contas, o fato é que estamos todos do mesmo lado, o lado do desenvolvimento, da modernização e da melhoria da qualidade de vida do cidadão navegantino, a diferença é que uns tem o poder de criar leis, muda-las, gerir os recursos públicos, outros tem o poder da cidadania, a legitimidade da necessidade do que quer e precisa para viver melhor, cabe a todos os lados se unirem para criação de projetos de ações, visando desencadear reações que traga melhorias e bem estar para a sociedade de maneira sustentável.

E vamos em frente!