28 de abril de 2017 - Atualizado em: 29 de abril de 2017
Por: Alexandre Batista
Sergio Dias –
O cenário atual se apresenta cada vez mais competitivo e para se destacar no mercado é necessário ser um empreendedor inovador, que ofereça algo diferente a esse mercado e que esse algo novo seja um elemento de promoção da mudança e do desenvolvimento econômico.
Esse empreendedor é, portanto, um indivíduo que reúne as características de gestor eficaz e inovador sistemático, contribuindo com suas ideias e sua maneira de administrar e tomar decisões para o sucesso da sua empresa.
O termo empreendedor origina-se da palavra francesa entrepreneur e tem sido geralmente traduzido para o português como empresário.
Ocorre que um empreendedor é mais que um empresário.Empreendedor é aquele indivíduo que sabe identificar as oportunidades que aparecem e consegue transformá-las em um negócio lucrativo. Toma a iniciativa (isso é atitude) de empreender, de ter um negócio próprio, é criativo, inovador, arrojado e estabelece estratégias que vão desenhar o futuro de seu negócio. Estabelece metas, inicia projetos, controla resultados, visualiza e busca o sucesso de seu empreendimento (isso é planejamento).
O empreendedor é, em suma, o que sabe determinar quais e como seus produtos ou serviços serão colocados e consumidos no mercado (isso é inovação).
São essas as três virtudes que determinam a diferença entre empreendedor e empresário – ATITUDE-PLANEJAMENTO-INOVAÇÃO. Conclui-se, portanto, que nem todo empresário é um empreendedor.
A função do empreendedor é quebrar paradigmas, trabalhando uma ideia para torná-la um novo produto ou um novo serviço, que se constituirá em nova fonte de receita para sua empresa, ou seja, transformando sua ideia em inovação.
O empreendedorismo é o processo dinâmico de criar mais riqueza. Esse processo é o da inovação.
Na realidade, esse novo produto ou serviço (inovação) é construído pela quebra do paradigma anterior e o empresário que age segundo esse princípio é, na verdade, um empreendedor.
Lembre-se que ninguém nasce empreendedor. Isso não é uma herança genética.
Portanto, é possível para qualquer empresário tornar-se um empreendedor. Basta seguir a sequencia: ATITUDE – PLANEJAMENTO – INOVAÇÃO.
Nesse ponto cabe um comentário sobre a preparação que recebemos nas escolas e que não nos favorece muito na hora de empreender.
Eu, você e todos das gerações passadas foram educados para nos tornarmos empregados. Não nos prepararam para sermos empreendedores.
Outro aspecto do empreendedorismo e que irá auxiliar decisivamente no processo de inovar é a inovação colaborativa.
Poucos empresários a adotam e os que o fazem tornam-se empreendedores inovadores.
Muitas empresas no cenário mundial estão praticando a abertura e a colaboração intra e extra empresa como fatores críticos para ter sucesso na inovação. No entanto, as empresas brasileiras têm relutado em adotar e tirar partido dessa prática.
Atualmente, inovar em produtos e serviços tem sido o objetivo de qualquer empresa em todo o mundo.
As empresas de maior porte estão criando equipes para cuidar da inovação, contratando consultorias especializadas e investindo em treinamento e capacitação de suas equipes para o gerenciamento da inovação.
Pequenas empresas também o fazem, embora em menor escala de investimento.
Algumas empresas já perceberam que buscar a inovação somente no âmbito interno (closed innovation) nem sempre traz bons resultados.
Muitas vezes, melhores resultados são obtidos quando se envolve o ambiente da empresa, ou seja, aquilo que está fora da empresa, mas interfere em sua vida.
Daí, essas empresas descobriram que há mais eficácia no processo de inovação quando envolvem também os consumidores, fornecedores, concorrentes, parceiros ou outros neste processo.
Este conceito de buscar a inovação fora da empresa é conhecido como inovação colaborativa ou inovação aberta (open innovation).
Alguns exemplos clássicos são a Nokia e o Google. Ambas utilizam em seus laboratórios o conceito de inovação aberta, buscando as ideias de inovação fora dos limites da empresa, de forma colaborativa.
Esse conceito de inovação colaborativa ainda é muito pouco aplicado no Brasil, mas pode funcionar muito bem se utilizado de forma racional e objetiva.
Os empresários que querem ser reconhecidos como empreendedores inovadores devem adotar o hábito de usar as capacidades colaborativas de pessoas que estão no ambiente da empresa, apropriando-se de todas as oportunidades de criação e melhoria de seus produtos e serviços. O resultado disso será o melhor desempenho e a maior competência empresarial.